Lockout & Tagout

Você saberia me dizer o que é o PCEP (Programa de Controle de Energias Perigosas)? Toda energia é perigosa? E qual seria o objetivo do LOTO ou (Lockout e Tagout)?

Essas e outras respostas, vamos aprender juntos ao longo dos próximos parágrafos e até o final deste artigo você vai saber como tratar e controlar estas energias, a fim de evitar acidentes.

O LOTO (Lockout e Tagout) tem o objetivo de salvaguardar pessoas da liberação inesperada de energia enquanto executam serviços ou manutenção em máquinas, equipamentos ou componentes de um determinado processo.

Tipos de Energias Perigosas

Essas energias precisam ser monitoradas e controladas. Quando precisam ser acessadas, necessitam ser bloqueadas e dissipadas corretamente, para que não afetem a rotina de trabalho de ninguém, e muito menos possam causar qualquer tipo de acidente, afinal, são energias perigosas. Abaixo, você verá as 8 principais energias perigosas.

O que Define uma Energia Perigosa?

Uma energia perigosa é toda aquela que conduz algum perigo, ou seja, uma energia que apresenta riscos para a pessoa que se encontra responsável pela manutenção, ou até mesmo para quem trabalha no ambiente. Cada energia merece a sua atenção adequada, e deverá ser protegida corretamente para evitar qualquer tipo de transtorno que possa causar algum acidente no ambiente de trabalho.

Normas Nacionais e Internacionais sobre Controle de Energias Perigosas

A norma OSHA (Occupational Safety and Health Administration) 29 CFR 1910.147, bem como as normas NR10, NR33 e NR12, visam estabelecer os requisitos e condições mínimas objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos para controlar as energias perigosas, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores, onde seja possível isolar as máquinas de suas fontes de energia e torná-las inoperantes antes de quaisquer serviço.

Assim, é função dos empregadores garantir a implantação do PCEP conforme parâmetros especificados nas normas aplicáveis.

Basicamente são 5 passos de um programa de bloqueio de energias seguro, veja a figura abaixo.

Dentro dos limites gerais da norma, os empregadores têm flexibilidade para desenvolver programas e procedimentos que atendem as necessidades de seus locais de trabalho e os diversos tipos de máquinas que estejam sendo mantidas ou atendidas.

Cabe também ao empregador capacitar, qualificar, autorizar e reciclar seus funcionários para realização dos serviços envolvendo energias perigosas, de forma a garantir que o PCEP seja claramente entendido. De forma geral, deve haver um procedimento estabelecendo as limitações do programa. É preciso fornecer também reciclagem para todos os funcionários autorizados e afetados sempre que houver uma mudança nos procedimentos de trabalho, máquinas, processos ou quando verificada uma nova necessidade em função de risco não mapeado ou até mesmo para melhoria do programa. Atenção especial deve ser dada a documentação comprobatória da qualificação, capacitação, autorização dos trabalhadores, para fins fiscalização pelos órgãos competentes.

Por fim, o PCEP enfatiza o bloqueio em segurança, não apenas alertando, mas impedindo física e logicamente os acidentes através da utilização de bloqueios, travamentos e sinalização industrial adequada. Portanto, a PCEP é um compromisso com a vida do profissional.

 

REFERÊNCIAS

 

Apresentação Profissional

Sobre Thiago de Faria Sousa

Funcionário do setor privado metalúrgico, casado. Formado em Engenharia Elétrica pela Universidade de Mogi das Cruzes – UMC, Master Business Administration em Gestão de Projetos, é consultor técnico de cursos voltados a segurança do trabalho, com especialidade em manutenção do Sistema Elétrico de Potência (NR10).

Thiago atuou na área de docência em diversas instituições de ensino técnico e profissionalizante como: SENAI, QUALIFICA, COLÉGIO IVO DE ALMEIDA, AGILIZA e SETE QS em cursos de qualificação, aperfeiçoamento e especialização profissional presencial e In-Company.

Atuou e ainda atua como Liderança de Manutenção no PCM (Planejamento e Controle de Manutenção) gerindo equipes multidisciplinares de manutenção corretiva, preventiva e preditiva em grandes empresas multinacionais como GERDAU, ABB e ZF e tem mais de 14 anos de experiência no ramo de manutenção industrial.